NA POLÍTICA, NEM SEMPRE OS MEIOS JUSTIFICAM OS FINS" por Juvenil Coelho

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NA POLÍTICA, NEM SEMPRE OS MEIOS JUSTIFICAM OS FINS" por Juvenil Coelho



Porto Velho, RO - Sem querer contrariar a sábia tese de Maquiavel, é inegável que até hábeis conquistadores e influenciadores na transferência do voto popular acabam tropeçando em suas próprias armadilhas. Na política partidária brasileira, tudo parece possível, mesmo que envolva meios escusos ou tramoias. Maquiavel, em sua perspicácia, admite que pouco importa os métodos, desde que o objetivo seja vantajoso.

Prefiro abordar os fatos antes de nomear os envolvidos, já que são figuras conhecidas em nossa vida diária e muitas vezes criticadas pela mídia. O foco aqui é o uso da influência política e o poder dos seus titulares na transferência de votos, não na transferência de títulos eleitorais. Não se trata de movimentos classistas como peronismo ou marxismo-leninismo.

Recentemente, durante a reeleição de Lula, a desconhecida professora Fátima Cleide, filiada ao PT, lançou-se ao senado com o apoio explícito do presidente. Surpreendentemente, tornou-se a mais votada, destacando a influência política do chefe da nação. Outro exemplo é a trajetória política bem-sucedida de Ivo Cassol, que, apesar de suas vitórias, não conseguiu eleger seus aliados.

Em todo o Brasil, poucos líderes conseguem influenciar os eleitores com seu capital político. Nomes como Leonel Brizola, Toninho Malvadeza e José Sarney são lembrados, mas, de acordo com as últimas eleições, Bolsonaro foi o maior transferidor de votos, apesar de sua ineficiência administrativa.

A dinâmica política levanta a questão: quem será o próximo herói nas eleições? Lula ou Bolsonaro? Quem elegerá mais prefeitos e vereadores? Direita, esquerda ou o centrão? A sociologia moderna não tem explicações claras para esses fenômenos rotativos da política.

Mesmo que os meios sejam frágeis, esperamos que os fins não sejam tolhidos por aberrações, permitindo que os objetivos contribuam para a evolução de nossa democracia. Resta-nos aguardar o desfecho neste ano que se inicia.

O autor, Juvenil Coelho, é jornalista e diretor executivo do Instituto Phoenix de Pesquisa Descritiva.


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