Porto Velho, RO - FASUBRA declara greve em resposta à insuficiência de contraproposta do MGI para reajuste salarial dos técnicos-administrativos em instituições de ensino superior públicasNo dia 23 de março de 2024, a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA) anunciou oficialmente uma greve em todo o país, em resposta à deliberação após reunião com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).
Após apresentar as perdas salariais históricas que chegam a 52%, a FASUBRA avaliou que a contraproposta do MGI não contempla de maneira adequada a categoria, oferecendo apenas 0% de reajuste para 2024, 4,5% para 2025 e 4,5% para 2026. Essa oferta, segundo a federação, não é suficiente para a reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE) e não prevê nenhuma recomposição salarial dentro da carreira para o ano corrente.
Durante a reunião, a FASUBRA destacou a importância dos servidores técnico-administrativos no funcionamento das instituições federais de ensino, ressaltando a complexidade do trabalho realizado e a alta rotatividade devido à baixa atratividade da carreira para a atração e manutenção de servidores. Esta situação tem sobrecarregado os profissionais remanescentes, levando-os a serem acometidos por doenças laborais de cunho físico e psicológico.
Em contrapartida ao senso comum sobre os salários no serviço público federal, os técnicos-administrativos em educação têm uma das piores remunerações. Enquanto várias carreiras conseguiram reestruturação e reajustes de até 60%, a categoria dos TAES permanece estagnada, amargando sete anos de congelamento de salários.
Diante desse cenário, a greve dos técnicos-administrativos tem como objetivo reivindicar um reajuste salarial justo, que contemple as perdas acumuladas ao longo dos anos e promova uma real valorização da categoria dentro do funcionalismo público federal. A FASUBRA ressalta que a greve não é um pedido absurdo ao governo, mas uma demanda por justiça e reconhecimento do trabalho essencial desempenhado pelos TAES nas instituições de ensino superior públicas do Brasil.
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