Porto Velho vive um momento de reconfiguração política no campo progressista nas eleições de 2024. Um novo movimento, surgido da base de apoio tradicional da esquerda, vê em Samuel Costa a terceira via para a disputa pelo Palácio Tancredo Neves, também conhecido como prédio do relógio, sede do governo municipal.
Samuel Costa, que tem uma trajetória marcada pela defesa intransigente dos governos de Lula e Dilma, emerge como a única opção de esquerda em um cenário político fragmentado, com sete candidatos na disputa. Sua candidatura, apoiada pela Federação REDE/PSOL, tem ganhado tração, especialmente entre aqueles que tradicionalmente apoiam o Partido dos Trabalhadores (PT). O PT, que não lançou candidato próprio para a prefeitura, não conseguiu até o momento mobilizar a militância como nos pleitos anteriores em prol do candidato do ex senador Acir Gurgarz. Em contraste, Costa tem cativado os corações e mentes dos eleitores progressistas, atraindo apoio não só de membros do PT, mas também de militantes de outros partidos de centro-esquerda e esquerda.
Costa tem sido um crítico consistente da gestão atual, prometendo uma mudança de paradigma com propostas que incluem a valorização dos servidores públicos, especialmente os da educação e saúde, além de um forte compromisso com a sustentabilidade e o saneamento básico. Sua campanha, que ganha força nas ruas e nas redes sociais, apresenta um diferencial claro: ele é visto como alguém capaz de unificar o campo progressista, algo que os outros candidatos não conseguiram até agora.
Em encontros com a militância e lideranças comunitárias, Samuel tem ressaltado a importância de construir uma Porto Velho mais inclusiva e com oportunidades para todos. “Não podemos continuar divididos se queremos uma cidade que respeite e valorize seus cidadãos. Minha candidatura é um convite à unidade. Juntos, podemos chegar ao segundo turno e, mais importante, podemos vencer,” afirmou Costa em um recente encontro com apoiadores.
A possibilidade de Costa chegar ao segundo turno não é mais vista como um sonho distante. Analistas políticos locais apontam que, em um cenário com múltiplas candidaturas, o voto progressista unido pode ser decisivo. A tendência de migração de apoio para Costa entre a militância petista e simpatizantes de outras siglas progressistas reflete o desejo de mudança e a busca por uma liderança que represente verdadeiramente os interesses da classe trabalhadora e das comunidades periféricas.
A candidatura de Samuel Costa está em ascensão e promete redesenhar o mapa político de Porto Velho nas eleições de 2024. Nem Mariana e nem Léo; agora, o nome na boca do eleitorado progressista é Samuel. Resta saber se esse movimento terá força suficiente para levá-lo ao segundo turno e, eventualmente, ao comando da capital rondoniense.
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