Prefeito pode sumir 15 dias que ninguém nota; sem o lixeiro por um dia, a cidade para, diz Samuel Costa

A capital Porto Velho enfrenta, novamente, um cenário de acúmulo de lixo nas ruas, mau cheiro intenso e resíduos escorrendo em diversos bairros. Moradores têm relatado que a coleta de resíduos sólidos tornou-se irregular nas últimas semanas, impactando diretamente a saúde pública e a qualidade de vida. Diante da situação, o advogado e comentarista político Samuel Costa fez duras críticas à gestão municipal e cobrou soluções imediatas.

Segundo Costa, a população está exausta da falta de organização na coleta.

“O prefeito pode ficar até 15 dias fora da cidade que ninguém sente falta dele. Agora, se o lixeiro e o coletor de resíduos sólidos ficarem um dia sem passar, todo mundo sente a falta.” A declaração reforça o papel essencial dos trabalhadores da limpeza urbana e escancara a fragilidade dos serviços básicos na capital rondoniense.

Costa também apontou que o problema ganhou contornos políticos.

“Existe muita politicagem e, lamentavelmente, os portovelhenses caíram no conto do vigário.” Ele afirmou que a cidade sofre com decisões tomadas sem planejamento adequado.

O advogado avaliou ainda que o prefeito Léo Moraes (Podemos), apesar da popularidade que ainda possui, corre o risco de perder credibilidade se não rever decisões recentes e melhorar a prestação de serviços essenciais. Ele citou como exemplo a retirada da Marquise, uma estrutura tradicional do Centro de Porto Velho, que segundo Costa foi executada de forma precipitada.

“Foi muito afobado em tirar a Marquise de uma hora para a outra, sem estudo de impactos. Poderia ter feito com mais tempo, mas trocou os pés pelas mãos. Anotem aí: se ele cair no descrédito, terá dificuldades até de terminar sua gestão.”, concluiu.

Enquanto isso, moradores seguem convivendo com o lixo acumulado, o forte odor e o risco sanitário causado pelo chorume que escorre pelas ruas. A população cobra respostas, e especialistas reforçam que a regularidade da coleta e o planejamento urbano são fundamentais para evitar que Porto Velho continue refém de um problema que se arrasta há décadas.