IGNORÂNCIA OU MALDADE? – Deputado usa tribuna da ALE/RO para espalhar Fake News à sociedade

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IGNORÂNCIA OU MALDADE? – Deputado usa tribuna da ALE/RO para espalhar Fake News à sociedade

Rodrigo Camargo é o atual presidente da Comissão de Direitos Humanos

Porto Velho, RO - Eleito com 11.804 votos pelo partido REPUBLICANOS, o auto titulado defensor de Deus, pátria e família no Poder Legislativo Estadual, deputado Rodrigo Camargo, utilizou a sua fala na tribuna do parlamento para propagar uma informação mentirosa à sociedade rondoniense.

Criticando um suposto avanço do socialismo no Brasil, Rodrigo Camargo afirmou que a Universidade de São Paulo – USP, teria realizado cirurgia de troca de sexo em 280 crianças brasileiras, o que de acordo com ele é um plano maligno para a destruição das famílias.

“Foi recentemente noticiado no G1 que 280 crianças foram submetidas a operação trans na USP, dessas 280 crianças e adolescentes, 100 eram crianças entre quatro e 12 anos e 180 adolescentes entre 13 e 17 anos. Eu rogo que esse crime contra a identidade não chegue ao estado de Rondônia”, afirmou o deputado Rodrigo Camargo.

A informação repassada pelo deputado em sua primeira oportunidade de manifestação dentro da Casa de Leis do povo rondoniense é um dado mentiroso, já que de acordo com a própria legislação brasileira redigida pelo Conselho Federal de Medicina – CFM, é apenas permitido a realização de tal procedimento cirúrgico em maiores de 18 anos de idade.

Em nota veiculada à imprensa nacional, a direção da USP garantiu que essa informação é uma “Fake News” que vem sendo amplamente compartilhada nas redes sociais. A própria fonte citada pelo deputado, o jornal G1, também não relata que estaria ocorrendo cirurgias de troca de sexo em crianças.

De acordo com a assessoria da USP o que ocorre desde 2015 é um acompanhamento por equipe multidisciplinar composta por psiquiatras, psicólogos, pediatras e endocrinologistas, a cidadãos brasileiros que apresentem incongruência de gênero ou não conformidade de gênero.

Esse atendimento é feito em ambulatórios médicos cadastrados pelo Sistema Único de Saúde – SUS em diversas cidades brasileiras. “A criança é acompanhada. A gente não faz intervenção hormonal nem cirúrgica em nenhuma criança”, disse o chefe do ambulatório da USP, Dr. Alexandre Saadeh, em entrevista para o jornal USP ainda no ano de 2019.

Ou seja, esse trabalho vem sendo realizado nos governos ditos de esquerda e direita que passaram pelo Brasil entre o ano de 2015 até a presente data.

Todos os tratamentos e procedimentos oferecidos estão respaldados por protocolos previstos no rol de atendimento do SUS e seguem regulamentação do Conselho Federal de Medicina – CFM.

Rodrigo Camargo é delegado da Polícia Civil e o atual presidente da Comissão de Direitos Humanos da ALE/RO.

Fonte: JH Notícias

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