Ver-o-Peso em Belém do Pará
Porto Velho, RO - O Sebrae/PA esteve na conferência climática da ONU, realizada em Baku, no Azerbaijão. O objetivo foi observar como grandes eventos internacionais podem beneficiar micro e pequenos negócios.
Segundo Renato Coelho, coordenador do comitê da COP 30 no Sebrae/PA, o aprendizado será aplicado ao contexto da Amazônia. “Queremos mostrar o melhor do Pará, respeitando as culturas que os visitantes trazem”, explica ele.
Além disso, o aumento do interesse internacional pela região é evidente. No primeiro semestre de 2024, o Pará recebeu 12,68 mil turistas estrangeiros, mais que o dobro do mesmo período do ano passado.
Com a expectativa de 60 mil participantes na COP 30, o evento tem potencial para gerar impactos significativos na economia local.
Alimentação e produtos locais como destaque
Para aproveitar essa oportunidade, o Sebrae/PA tem focado na promoção da culinária regional. A entidade está formando parcerias com pequenos agricultores para oferecer refeições preparadas com ingredientes amazônicos durante o evento.
Segundo Renato Coelho, essa abordagem busca atender tanto às expectativas locais quanto internacionais. “A mistura entre o local e o global sempre chama atenção dos turistas, especialmente em grandes eventos”, destaca.
Outro ponto importante, observado em conferências anteriores, é a demanda por opções vegetarianas e veganas. Essa tendência será considerada na preparação das refeições para os visitantes.
Além da alimentação, o Sebrae tem investido no fortalecimento de negócios da bioeconomia, como moda e artesanato. Um exemplo disso foi o apoio à participação de uma estilista paraense na Semana de Moda de Milão.
Turismo de curta duração e experiências amazônicas
Outro aprendizado importante veio do comportamento dos visitantes em conferências anteriores. Muitos aproveitam os dias livres para explorar roteiros turísticos rápidos, especialmente antes ou depois do evento.
Para atender essa demanda, o Sebrae apoia a criação de experiências temáticas na Amazônia. Entre os roteiros desenvolvidos estão visitas à ilha do Marajó, degustações de chocolates com sabores locais e vivências culturais em cidades com influência japonesa.
Nesse sentido, Renato Coelho reforça a importância de um atrativo claro. “Atrair turistas exige um pilar de interesse, seja cultural, gastronômico ou natural, e isso precisa ser bem comunicado desde o início”, explica.
Capacitação e legado econômico
Além do turismo, o Sebrae/PA está capacitando empreendedores locais em áreas estratégicas. As ações incluem treinamentos sobre exportação, marketing e desenvolvimento de planos de negócios.
Essas iniciativas também buscam aproveitar o interesse internacional gerado pelo evento. Produtos como grãos de cacau e cachaça já estão sendo preparados para atender mercados externos.
Por fim, Rubens Magno, diretor-superintendente do Sebrae/PA, destaca a importância de incluir os pequenos negócios. “Queremos que os visitantes conheçam a floresta pelas mãos de quem vive dela”, afirma.
Fonte: Carta Capital
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