O site Brasil364 publicou uma denúncia que levantou preocupação sobre a atuação da empresa Word e da Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano (Emdur) na gestão das casinhas de Natal instaladas no Parque da Cidade, em Porto Velho. Segundo a reportagem, trabalhadores ambulantes estariam sendo vítimas de um possível calote institucional.
A empresa Word venceu uma licitação no valor de R$ 3.745.000 para ornamentar o Parque da Cidade e instalar 40 casinhas de Natal, com funcionamento previsto até 21 de novembro. No entanto, o contrato que deveria garantir a entrega e operação das estruturas não está sendo cumprido.
Mesmo sem a entrega das casinhas, a Emdur realizou um chamamento público e contratou outra empresa para gerenciar esses mesmos espaços. A nova gestão passou a cobrar R$ 8 mil de cada ambulante pelo uso das casinhas, totalizando R$ 320 mil arrecadados diretamente de trabalhadores que dependem da renda do período natalino para sobreviver.
Segundo a apuração do Brasil364, a situação representa um conjunto de possíveis irregularidades administrativas, prejuízo direto aos trabalhadores e falta de transparência na gestão pública. A reportagem destaca que não há justificativa oficial da Prefeitura para permitir a cobrança elevada aos ambulantes enquanto a empresa vencedora da licitação não cumpre o contrato firmado.
O caso expõe falhas na execução contratual, no controle da administração municipal e na proteção aos pequenos trabalhadores, especialmente em uma época do ano crucial para o comércio informal. A matéria do Brasil364 aponta que serão solicitados esclarecimentos e responsabilização sobre o uso dos recursos públicos envolvidos.
Até o momento, a Prefeitura de Porto Velho e a Emdur não apresentaram explicações públicas sobre o atraso da empresa Word nem sobre a cobrança feita aos ambulantes. A expectativa é que o caso avance para investigação administrativa e, se necessário, para responsabilização judicial.
O episódio reacende o debate sobre gestão pública, transparência e respeito ao trabalhador, marcando mais um capítulo de controvérsia envolvendo contratos milionários e execução falha em Porto Velho.



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